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Mostrando postagens de outubro, 2012

Vasto Vazo

Quando disse que vinha, De repente surtou meu sorriso E quando não veio Levou o bufão que me beijava. Deixou um vaso cheio de dor; Um corpo vendo estrelas; O  violão, a cachaça do seu pai E a vontade de vontade à vontade.  Vou procurar meu sorriso Dentro desse vazo Acho, Jogou lá para não guardar. Imagem do site  http://artpropelled.blogspot.com.br/2009/05/vessel.html

Com o domínio das emoções

Saudade Palavra que quase me adormece Sentimento que quase merece ser sentido Estúpido cupido Puta da memória Lá de longe vem pra me lembrar, A lembrança atravessava aquela rua, A lembrança tinha algo a me falar. O início e os tombos, Os cortes das sortes, ô sorte... Nem me ouvi direito, Abraçado em canções viajo em minhas lembranças. Elas são belas, Audaciosas, Elas todas em erva de cheiro Pitorescas lembranças dela se demoram e enamoram Tudo que eu lembro em fontes Vividas para que sempre chegue exata e imprevisível Hora certa dizei-me Não me lembro de mais de outra dor... ... Sai daqui saudade, é preciso ir, sai daqui saudade, que preciso ir, sai daqui saudade, eu preciso, sair daqui, eu preciso da saudade Eu sei, ainda me lembro bem, eu sei.
Dor,  Deveriam inventar um remédio infalível  Que acabasse com toda forma de dor  Que reconstituíssem meus nervos abalados  Que diminuísse só um pouquinho minha dor nas costas  Só um pouquinho... 

GRuuuoo

Onde olha a coruja, Coruja dorme. No galho o pescoço girado, Misteriosa, sinistra e calada Fica Forte e penetrante Olha Voa quando anoitece Abre as asas quando enlouquece Como é viva come.  
Talhando um ideal de amor Construindo injustas prisões Grandes olhos feito grossas grades Perdendo tempo aprimorando Lapidando o gosto Quando devia gozar Um com o outro E construímos uma delicada harmonia Nesse efêmero e descolado contemporâneo Onde negamos mais que permitimos Onde todo tem virtuais direitos A rede social fóde com o amor de todo mundo Assombra a estabilidade dos amantes Que inconstantes paixões assoviam Na casca grossa que vira a vida.
Não podemos esmorecer Sem amor próprio perdemos o brilho da vida E sem reluzir é pouco o que pintar por aí. Pegue uma carona no tempo que sempre tem vaga.  Afinal, pouco que nos resta além da saudade.

Rua nela!

Lasciva Mais sangue que carne viva Olho da vontade descabida Rasgo do vestido vai até o canto da boca Louca assumida, arrasa quando passa, cheiro de atrevida Na pele registros, marcas, roxos, casca polida exibida insegura se assegura dominante do vento levante Amarga e formosa menina.

Dobre o coro antes deu chegar!

Minha língua é de crioulo Minha mão é de negão, Minha bunda bonita só preta charmosa feito minha mãe tem. Meu corpo é africano, Meu pau também é tiziu! Minha musica ah, minha canção exala o cabelo duro que jonga! Sou a cor que você for capaz de me enxergar, Meus ancestrais vieram abençoados por oxalá!
Batia o maço de cigarro no dedo Um só o caía Uma musica o ouvia, Na aba do rosto que não se via .
Enquanto o vinho baila na minha boca Porra boca loca um pouco a mercê. Eu nem sei mais de mim além de você.