Hoje eu nasci ha muito tempo Me inventei feito como sou, vanguardista safado, triste alegrado. Sofri como tudo sofrido e virei o riso gostoso do gosto do visgo Deito me com minha consciência intranquila, Durmo e não amanheço, deixo me viver cada dia mais. Ontem eu fui minhas histórias, lagrimas, derrotas e vitórias Minha infância adultera, velhice infantil... Meu sorriso tardio, carência feito rio, olhar vadio. E minha necessária arte de amar e desamar, desamarrar e amarrar. Antes cachoeira do que mar, desaguei (André Luz). Mil anos ou mais, algumas horas atrás, Sou feito de ervas, de águas, cio e sais, Meu olhar me observa, o sim me nega e ponho tudo em duvida. Minhas palavras cais, hoje sou uma baía frente ao mar revolto Sou cada dia um a mais solto, dou o exato tom do meu gosto. A cada dor duas alegrias, eu que nunca me achei, sempre ia... Ontem me barraram, eu frustado me calei, eu nasci antes do não. Hoje eu agrego, me enfeito de dentes, de dores, de força e pr