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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Caxangá

De: Milton Nascimento e Fernando Brant Sempre no coração Haja o que houver A fome de um dia poder morder a carne dessa mulher Veja bem meu patrão como pode ser bom Você trabalharia no sol e eu tomando banho de mar Luto para viver Vivo para morrer Enquanto minha morte não vem Eu vivo de brigar contra o rei Em volta do fogo todo mundo abrindo o jogo Com tudo que tem pra contar Casos e desejos coisas dessa vida e da outra Mas nada de assustar Quem não é sincero sai da brincadeira correndo pois pode se queimar Queimar Saio do trabalho e Volto para casa e Não lembro de canseira maior Em tudo é o mesmo suor

Carna!

Tem gente que não curte carnaval, que despreza a alegria momesca e faz pouco caso de qualquer folia que se veja, seja de bloco, de escola de samba, de Pierrot apaixonado, enfim...  Ha também o folião nato, aquele que nesse momento está escolhendo sua fantasia, imaginando como ficará com aquela maquiagem ou mascara, do frisson que vai causar a si próprio ao se olhar no espelho e se ver dentro de uma outra personalidade... Há também os tarados por predileção, sem restrição de sentimentalidades, querem é se esbaldar na festa da carne, custe o que custar, e que a carne aguente até tudo acabar... Eu já "provei tantas frutas" que te deixariam tonta... Mas hoje, há alguns anos, admiro muito todos esses tipos, curto olhar o carnaval bem de perto, como um espectador, um voyeur que não toca em nada, que fica somente observando o nirvana da carne tremula, hoje desafio o mundo sem sair da minha casa... Meu desejo de carnaval é ser abraçado com carinho por quem eu ta
Sob o chuveiro amar, sabão e beijos,  ou na banheira amar, de água vestidos,   amor escorregante, foge, prende-se,   torna a fugir, água nos olhos, bocas,  dança, navegação, mergulho, chuva,  essa espuma nos ventres, a brancura  triangular do sexo — é água, esperma,  é amor se esvaindo, ou nos tornamos fonte?  Carlos Drummond de Andrade, in 'O Amor Natural'
Comigo não levo cadeado Nem sonho perdido Não tem fato impossível Tudo que sente se expande Nu pensamento que tange Não soul de vento, venho e vou do tempo doutro levante Onde lamento e versos Eram brisas de errantes André Luz Foto: Jorge Cardoso

30 e tantos mil acessos, e agora?

Lendo meu blog eu pude perceber uma caminho muito sério e diríamos até intimo onde falo de mim reclamando de tudo o tempo todo de várias formas, principalmente o amor, a esse sofrer sem fim que me leva ao limite das minhas emoções exageradas, vazadas sem um retorno fora da poetica metrica do coração apaixonado, dilacerado, por causa daquela mulher...   - Óra, óra André, você não venho aqui com propósitos! Sem perceber acabei definindo vários propósitos para "Esse Blog", na verdade o meu intuito não é outro além de poder por uma palavra depois da outra, dar sentido moderado e ainda usar imagens para auxiliar na "viagem" de cada um, não falar muito de mim e ao mesmo tempo ir me contando...  pois bem...  Então agora mesmo eu venho é pra dar um grito de alerta  a mim mesmo  e acordar pro meu espírito infantil,  aquele que não põe medo ou sente vergonha,  que não se cansa nem quando o corpo não responde mais,  o que jogava a bola de forma feia  e corria no ant

Mata a dor

André Monteiro ,  Fez graça ao ler me de forma a poder notar as curvas sinuosas da poesia quando vira nossa, quando vira bossa nova de compasso farto, quando se espalha... Audio -http://vocaroo.com/i/s0trCe9XL5jQ Mata a dor  Mato e faço borboletas das cinzas  Viro pó na fornalha do seu pensamento  Mato e espalho átomos pelos espaços  Criando novos agravos em um novo descompasso  Mato mesmo é a morte da palavra maldita  Essa navalha que raspa sua ternura  E aos poucos mata em mim o quase tudo que é desejo  Sobrando dúbios poemas imperfeitos  André Luz
Libertei meus sonhos Deixei os livres pra sumir Pra ver se volta ou me vague algum novo Preu ter de livrar e voltar a fugir André Luz
Vira vira Até que é o mal mocado maravilha! Vira vira! E trata de perceber, desvira! André Luz

Lamento de um pouco

Detesto essa força estranha Que arrumina a calma Traz toda cara feia para áurea E deixa esse vazio de jejum na cria dos desejos todos. E desse bolo de engodo coberto de receio e medo Como quente com minha cumbuca na sua arapuca de desassossego mas vem a mola que me rebola e me vê ali te pedindo amor de esmola E trás me a Luz em sobras e cores, dessas: tenho de sobra. André Luz