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Mostrando postagens de junho, 2013

Reverbera

Um mandala depenado na casa de janelas de espera O sacro amor profano  A falta de saber deixar E os telefones todos com ela Esse seu me abandonar por aí Minha solidão, querendo seu estranho desejo odioso. E várias outras mãos te digitando E os telefones tocam sem ela E desse vai sem ir Nesse insosso sabor de desdém Aonde eu vejo e penso lembro E o telefone reverbera essa aquarela. André Luz Gonçalves

Simples e ávido

Garapa cremosa, gostosa... Viver a vida de forma ávida, é pessoal e particular. André Luz Gonçalves.

Até quando

Catador de sentido Sopro do ritmo Mais do fim desde o início, brado profano canto do seu gozo e eu. pirilampo em flauta de pan subtone sons bemois DO amor entre o Invasor oblíquo e a sonsa inocência. André Luz Gonçalves

27 de março se abril

Veio flor em pétalas de manga Manjar me doce flor Comemorando o nascer Dia de verbo amar Mãos que vens  altiva, alva ariana Sorriso forte de enfeites perfumados desejo no passo do olhar rasgado voraz com duas doses de calma, vinho e cuidado. André Luz Gonçalves

Cego blues

Num chapéu cor de farinha Com uma cachaça e uma garrafa quase vazia Uma cegueira cega que nem ela Um tempo certo na hora errada Um blues de um forró bem triste Uma criança que não chora nem vai embora E três mesas vazias. Uma lembrança de um perfume Um chale branco, saudade e ciúme Uma parede de uma alusão púrpura bondade Um amor insano, regado e negado Invejado pelos anjos, flechado caboclo Uma antiga mentira virou verdade E as tais mesas vazias E depressa vai cada vez mais lenta A noite e o dia feito o amor que se inventa Arde, queima e contenta Falso feitiço feito a destilada àgua que torpe Os modos e as giras que envolta de nós se sustenta Nenhuma mesa, onde não a via O local deixou a razão com sorte A música acabou e o bumbo coração tenta Bem mais poema do que cena Eu sorrio vida que brilha, não me faço de dentes. Vida não esfazia no feitio de mesas fazias. André Luz Gonçalves

Opor a unidade

Aproveite cada oportunidade de ser feliz com os seus, antes que tudo vire lembranças, lembre se que o presente é o momento de fazer sua história, o que vier depois será apenas passado. André Luz Gonçalves

4 folhas

Sorte é acreditar no que há por vir, como que tudo seja presente, pois sorte é a arte divina do merecimento espontaneo, algo que ciência, bíblia ou búzios ainda não há de explicar.

Sombra felina

A cada pulo de suas 7 vidas A magia de seu olhar ladra me o tempo O pisar de felina no meu muro Fazendo sombras sobre seus pelos quem procuro Seus miados em forma de apelo Me lambe a língua grossa num bom desassossego Me arranha me encanta enrosca o rabo. E dorme minha em minha volta.

Manifesto!

Manisfesto aqui em casa em repúdio ao cesto de roupa suja lotada e a pia com louça pra lavar, vários pontos de resistência pelos cantos da casa, mas a LUTA é pela pátria ou no mínimo pra por tudo em pratos limpos! Revolução se faz na marcha dos 100.000 e em casa!   

Eu sei, não é assim, mas deixa.

Los Hermanos O quanto eu te falei? Que isso vai mudar Motivo eu nunca dei Você me avisar, me ensinar Falar do que foi pra você Não vai me livrar de viver Quem é mais sentimental que eu? Eu disse e nem assim se pôde evitar De tanto eu te falar Você subverteu o que era um sentimento e assim Fez dele razão pra se perder No abismo que é pensar e sentir Ela é mais sentimental que eu Então fica bem Se eu sofro um pouco mais "Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te Ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente. Se ela te fosse direta, você a rejeitaria." Eu só aceito a condição de ter você só pra mim Eu sei, não é assim, mas deixa Eu só aceito a condição de ter você só pra mim Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir.

Caô de Raiz, primeira formação!

Rio

Muito legal descontrair do caos urbano: Sobre mexer com mulher na rua, digo: O homem tem as vezes um costume ruim e vergonhoso de mexer com as mulheres usando palavras pesadas, falando como se fosse ele superior e a mulher um objeto sujo e saboroso de uso, que não merece educação e cuidado. São uns Babacas de rua, covardes! Mais tem outros geniais, deparei me há pouco com um entregador sorridente de água e gelo, em sua bike na Lapa, e vinham no mesmo momento três mulheres, o entregador de forma hilária bradou: - Nooooossa. Avistei três lindas paisagens. ( olhando para as meninas que queriam atravessar a rua. O cara parou o transito pra elas passarem, e feito um menestrel ou algo que caiba, clamou com um tom saboroso). - Pão de açúcar , que lindo!  Corcovado, que beleza e a  Pedra da gávea ali, que natureza exuberante! Completou dizendo: - A cidade assim é mais maravilhosa ainda. As meninas claro, adoraram, riam de forma sutil completamente lisonjeadas. Todos pararam, alguns aplaudiram

Came e Case

Esse tempo pouco, louco de amor... Que você me dá, que você me dá... Cheia de prazer... A hora é um dia tonto de emoção... Que nem dá pra prestar muita atenção Da tristeza que vem... Na tristeza que vai... Vai... Pra longe de mim... E quando eu respiro... Lhe tirando o ar você abre as narinas doidas e felinas pronto a sufocar Coragem singela tipo cai não cai... Tipo came e case... Louca Samurai... É você que eu mais quero... Por você eu espero... Ah... Como é bom amar... E quando eu respiro... Lhe tirando o ar você abre as narinas doidas e felinas pronto a sufocar Coragem singela tipo cai não cai... Tipo came e case... Louca Samurai... É você que eu mais quero... Por você eu espero... Ah... Como é bom amar... Ah... Como é bom amar...

Martelo e Bigorna!

Jorge Ben Jor   Interpretado Simoninha & Clube do Balanço Eu quero paz e arroz O amor é bom e vem depois Si si vira Si si vira Pois eu preciso de um cachorro Pois eu preciso de um amigo Os meus amigos me abandonaram Pensando que eu tivesse a perigo La la la la la la la la la la la la Eu quero paz e arroz O amor é bom e vem depois Si si vira Si si vira Pois além de grande amigo Eu preciso de alguém Que me trate com carinho Que me fale de amor Das coisas lindas da vida Das coisas lindas da paz Eu quero paz e arroz O amor é bom e vem depois

(in)ventando ilusão, moral de hipócrita desaba quando a casa cai...

A moralidade é sempre um invento  E nela moram todos, sujos descarados e os "limpos"  Se afogam num falso mar de hipocrisia, em lindos goles marrons de conhaque Onde puritano não passa de uma reles pensando ser mais esperta(o) que o tempo E o engano passa a ser o grande acerto afinal, certeza é enganar se... A coragem tem medo do romance, tem mentira cheirosa de verdade O ego cego é bonde em ribanceira sem freio. E o amar, alguém sabe dele?    André Luz Gonçalves

Passou muito rápido

Hoje eu vi um bobo Um tipo louco de bufão escancarado e barulhento Bruto feito o tremor e sensível feito o artista Ele era um fora do mundo vivendo imigrado Não vi refrão no tempo desse movimento Certo de que alma contida ele não tem Dor com sorriso é mais bonito logo desde manhã, chorava. Um pierrô sem colombina De maus tratos uns cortes De vida sorte Cheio de passos pra dar Foi olhando pra trás. André Luz Gonçalves

alusão

Gosto de todos,  Nem tudo muito. Sinto minha hora Nem toda hora minha Mesmo assim, sinto sim O tanto proporcional lúdico de cada dia Meus pés sem raízes buscam matizes, mirar E o medo de perder Né medo não é só perceber não ter e ser Um dia embora feito a hora  Cheia de querer ir, aurora... Desejo grande não tenho Dor bem longe por perto Mais distante que o desassossego  Talvez me sinta só e criativa, saudade André Luz
Tinha uma manhã que não chegava Hum cheiro de cor que o calor não esquenta, faltava. Ao fugir se encontrava, tudo não era mais nada. André Luz

Sonhos hilários nunca foram presságios

De repente, todos estavam na sala, uma zona se instaurou, eu ria bêbado no canto conversando com a Bete, o Claudio estava no sofá conversando com uma menina que eu não conhecia, havia um casal no corredor que não parava de se beijar, eu não conhecia eles, mas eles não paravam de se beijar um segundo, era caminho pra todos irem à cozinha, o corredor era só deles, o rapaz estava sem camisa, não dava pra ver o rosto de nenhum dos dois, por causa dos cabelos, dos dois, ou de um só sei lá, era curioso vê-los, cada vez que passava imaginava eles ali como uma decoração humana viva, uma festa com vontade e o tudo vira um prisma de sensações, cores, vida, diferenças harmoniosas, enfim… Mas chega alguém suado e senta, vira pó, puxa a mesa de centro e debruça os pés dum jeito que ofende sabe, eu nessa hora meio que encaretei com meu pâncreas sentindo o peso da rotina, mas o que era uma mesa? Quem era o dono da mesa? E o pé?

Guaraciaba de Magé

Guaraciaba viveu 126 anos e era morador de Magé. João Antônio Guaraciaba nasceu no dia 20 de setembro de 1850. Preto, alto, forte, viveu grande parte de sua vida em Magé, onde morreu velho, enrugado e de carapinha branca com seus bem vividos 126 anos. Filho de mãe angolana que o teve aos quinze anos, e o Barão de Guaraciaba “um mestiço fazendeiro comprador de escravos negros na  África onde conheceu sua mãe Angelina, então negra forte e bonita”. Depois de engravidá-la, prometeu buscá-los em outra viagem, trazendo-os assim para o Brasil num veleiro negreiro. João tinha apenas quatro anos de idade. Guaraciaba afirmou que deixou mais de 300 filhos: 100 para D. Pedro II e 200 para o Barão de Mauá
Celebro o amor Numa taça solitária Divido a esperança Em tragos e goladas Arranquei meus brincos Limpei meus desejos Despistando anseios Esqueci de esquecer Desta vinha escrevo em cachos Galha minhas ideias Exprimem e destilam meu sangue Num vinho aroma espumante E nessa alegria e alforria Onde seu lindo sorriso Encontra minha alegria No passado o futuro existia.  André Luz Gonçalves