Não sei fazer poesia, conheço quase nada de métricas gramaticais, não tenho a mínima ideia se rimas e repetições podem fazer parte de uma poesia.
Não saberia dizer se pra fazer poesia é preciso ser coloquial, moderno ou vanguarda, se preciso de transparência ou muros altos, se a poesia diz do amor, poesia condiz com o sofrimento, ou poesia é o gosto pelo desgosto do gosto gostoso, tenho isso do literal como um calo no meu sapato macio, pois a poesia parece me perseguir feito as virgulas de um texto.
Gosto muito dos amigos poetas, quando estou com algo turbilhando em mim, lasco uns versos úmidos que mais são declarações musicais fundadas do que poesia.
Não sou poeta, sou música. Minhas palavras não foram feitas para se tornarem poesias e sim Som!
Poesia me parece que vem com uma necessidade em ser absoluta, em trazer uma resposta para a falta da pergunta ou para a pergunta não feita, a poesia é metida a besta demais, diz de definir o amor como quem abre uma porta que NINGUÉM jamais ousou meter o pé, a poesia não me leva a conclusão logica, a poesia me lambe feito um boquete inconsciente, a poesia me seduz pra que eu consiga entende-la. A sedução é efêmera, carrega uma sacola de palavras sentidas ou ressentidas, que não te dizem aonde querem te levar, mas te manda ir.
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"Se precisa de transparência ou de muro alto" é muito bom. Melhor só o "A poesia me lambe feito um boquete incosciente". Texto bacana!
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