Talvez eu seja um missionário do meu próprio sentimento, quem sabe um visionário cheio de utopias pra tentar transpor em palavras, dar sentido sem ser notado demais, ou quem sabe sou só um engenheiro fazendo funcionar o errado do jeito certo, quem sabe um carteiro correndo dos cães que ladram, um garoto de vida fácil, ou carregador de peso, até mesmo um carpinteiro que molda armários e portas de madeira, como de costume, quem sabe eu não seja nada, coisa nenhuma, quem sabe eu seja apenas o sentimento que se pode ter por mim.
Quem sabe eu viva na roça com minha inchada e meus grãos crescendo pra fome, quem sabe dirijo o meu mundo num prédio nobre no centro comercial da capital, quem sabe eu fui tudo isso ao mesmo tempo, se minha memória fosse boa… nunca se sabe…
Talvez eu seja somente um sentimento, uma sensação que precisava ser extraída, a semântica, a cor da palavra, a imagem da sua dedução, quem sabe posso ser o que eu você quiser, quem não.
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