Deixei meu samba ali
Feito de canto e um assovio amuado
Com seu surdo forte marcando isolado
A cuíca ruiu, e caiu de chucalho no paço
O tamborim não rasgou, explodiu
O agogô encanta e faz o brilho no olho da esperança
e a passista passou cheia de bundas, nem precisava tantas
Deixei meu samba ali
No suave gingado do seu rebolado
No olhar do moço com cigarro apagado
E no terno de linho cru que ja foi passado
O apito do mestre tocou
eu desfilo como quem marcha
e raspa o reco-reco gargalhando
bebendo, suando e cantando
procurando meu carnaval
André Luz Gonçalves
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